A construção da Terceira Travessia do Tejo (TTT) vai retirar à Soflusa, empresa do Grupo Transtejo, entre 40 a 50 por cento do total dos passageiros que actualmente fazem a travessia fluvial entre Lisboa e o Barreiro. Estes dados foram revelados por João Pintassilgo, presidente do grupo Transtejo, depois do secretário de Estado dos Transportes, Carlos Correia da Fonseca, ter afirmado durante a cerimónia que assinalou o baptismo dos novos ferrys da Transtejo, que a empresa «conheceu uma grande perda de passageiros nos últimos anos. Com a TTT esperamos perder ainda mais».
João Pintassilgo afirmou que já foram realizados estudos para prever o impacto que a construção da TTT terá nos níveis de procura no eixo Lisboa/Barreiro. «Os estudos dizem que poderemos vir a perder entre 40 a 50 por cento de passageiros. Actualmente, esta linha representa cerca de 10 milhões de passageiros/ano, de um total de 50 milhões/ano transportados pela Transtejo».
Correia da Fonseca classificou ainda a Transtejo como «uma empresa complexa» devido aos baixos índices de procura e aos níveis de endividamento que apresenta. «Podemos questionar porque é que uma empresa que apresenta estes problemas continua a investir. Mas não é só a procura que conta, é também o papel que desenvolve na ligação entre as duas margens, podendo servir de “backup” caso os outros modos de transporte se tornem inviáveis» revelou Correia da Fonseca. O SET referiu ainda que «Lisboa não pode ficar sem os seus cacilheiros. São património histórico com efeitos na cidade».
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